quarta-feira, maio 03, 2006

Desde sempre e apesar de tudo ...


Quando leio Hilda Hilst
“ ...
- Que te devolvam a alma,
Homem do nosso tempo,
Pede isso
Pede isso a Deus ! ... “

Um sentimento indizível me toma
Sinto febre, tontura frente a algo que está chegando
Muito perto
Muito certo
Só que ainda está a caminho .... dia após dia
A voz cansada me apavora
A desistência me dá certeza
É uma questão breve e sem retorno

E o que fizemos nós da nossa vida
Além dos embates, dos raros momentos amorosos, das mentiras que minaram todas as possibilidades, que poderíamos ter tido ....de paz e troca.

Vai passando como um vento de Oya,
Rápido, nervoso, chuvoso ....e com todas as forças de um enorme raio
Exatamente como foi, durantes todos este anos, o nosso encontro
Queria poder falar tantas coisas,
Mas,
Escutaria minhas palavras, meus sonhos, meus desejos esmagados por uma fúria compreensível ?
Acredito que não ...não pelos meus lábios.
O que me resta
É chorar em silêncio tudo o que não fomos
Tudo o que desejei
E o pouco que conseguimos
E saber que nos reencontraremos, depois que não suportar mais estar aqui
E quem sabe aí, eu possa dizer e você acreditar no quanto
Te amo
Desde sempre e apesar de tudo ...


Eparrei minha Mãe !!!!
Que minha Mãe lhe olhe e esteja a seu lado
Feliz Dia das Mães,
Mãe ...

03/05/2006

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Rita... lindas palavras... fiquei um pouco triste, pois me trouxe à tona a minha falta de esperaça no homem e na dita humanidade... mas façamos a nossa parte... e viva a esperança das mães e futuras mães que ainda acreditam no homem colocando-o no mundo. beijos

03 maio, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Hoje citei Hilda no meu blog também. Ela me desconserta.
Beijo pr´ocê.

05 maio, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Quanta ternura indizível... Grande, Rita! Beijo e Saudade

09 maio, 2006  

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