segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O Escolhido ....O que não tem Volta


As encruzilhadas são infinitas em uma só existência ...e a obrigação de escolher por qual rumo seguir, torna os dias mais inesperados e impalpáveis.
Quando uma única escolha é feita, milhões de possibilidades são modificadas
Locais esquecidos, sonhos perdidos, certezas duvidosas ...um novo horizonte se abre
Outro
O Escolhido
O que não tem Volta
Pois tudo se re constrói a partir ...
As cartas falham
Os búzios erram
E a vida se renova por estradas de terra, ou cimento, ou paralelepípedos
Um caminho que encontra outras encruzilhadas
Que nos obriga a outras escolhas
Que nos mostra outras realidades
Que nos empurra para outros caminhos e encontros
Todos guardados na memória
Mas inimagináveis na fantasia
É um rodar, andar, ir e voltar
Um voltar para o que já não é
Por isso nada do que foi será e as nuvens a cada momento desenham diferentes formatos
O balanço das folhas sempre dançam uma nova música
Ainda a ser composta,
só no ato da dança
E o cheiro invisível que guia a intuição vai carregando os corpos por escolhas
Por vezes sensatas
Por vezes insensatas
Mas as intermináveis escolhas, Caminhos de Compostela interiores
Pessoais e silenciosos
Fundamentais para a continuação de existir seja em que tempo for
Em que plano for
Em que estação for ....
Caminhamos e Caminhamos escolhendo entre encruzilhadas
Eternamente encontrando encruzilhadas.


Imagem – Caminhos de Vanda Guerreiro

11 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ola rita,

deixando meu primeiro comentario no teu blog...

eu gostei, a vida nao passa de um punhado de tropeços, quedas e levantar e caminhar adiante

gostei da foto

beijo
Sergio-filosofia

13 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Concordo contigo em tudo...são tantos caminhos, tantas possiblidades...uns certos, outros errados. E é engraçado ler o seu texto, logo após ter feito uma rápida reflexão: com o passar dos dias, esquecemos do real valor de muitas coisas...talvez porque novos valores nos foram apresentados ?...ou porque somos ambiciosos demais ?...vou regredir, e recuperar os valores que foram esquecidos/adormecidos...
Bjs e amor,
Ci

13 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Todos os dias uma escolha e diversas dúvidas, sorte nossa que o novo quase sempre nos dá a esperança que vamos acerta, dessa vez vai ser diferente. Besos

13 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Magnífico.

13 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Por vezes escolhas não são compreendidas em determinados momentos, mas é preciso faze-las, certo ou errado é necessario faze-las. Mas de tudo ficam lembranças que nossas escolhas não apagam, ficam marcas que as escolhas não desfazem. Ficam lições, que levaremos eternamente pq as escolhas sejam elas certas ou erradas não dezimam a força do querer bem.

15 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Rita

Vi que vc add o perfil do site Na Cena de Sampa e entrei na sua página pra lhe conhecer. Surpresa maravilhosa!

Seu bom gosto é comovente!

Parabéns

15 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Lendo teu texto, fui invadida por uma grande nostalgia...
Sim, o escolhido não tem volta, mas por outro lado, o escolhido tem o frescor, a essência do novo, da descoberta.
E o que ficou para trás??

Maravilha de escrita...
Beijo grande no coração.
Kaka

16 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Maga Ritinha
Caminhos, encruzilhadas , decaminhos em tempos dos ventos solares de verão !
Abraço-te afetuosamente, tua sempre amiga e leitora, virgínia f. de além mar

19 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Acostumamo-nos às trevas-
Quando a luz é retirada-
Como quando a Vizinha segura a Lâmpada
Para preesenciar seu Adeus-

Um Momento-Paramos Incertos
Com a novidade da noite-
Depois-adaptamos a Visão às Trevas
E enfrentamos a Rua-eretos-

20 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

cont...
E o mesmo se dá com maiores-Escuridões-
As noites do Cérebro-
quando nem uma Lua revela um sinal-
nem estrela-aparece-lá dentro

Os mais corajosos-tateiam um pouco-
E às vezes batem numa Árvore

20 fevereiro, 2006  
Anonymous Anônimo said...

cont...
Bem com a Testa-
Mas amedida que aprendem a ver-

Ou o Escuro se altera-
Ou alguma coisa na vista
Se ajusta à Meia Noite-
E a vida anda quase reta*

Emily Dickinson (1862)

20 fevereiro, 2006  

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